O planejamento financeiro não tem hora para começar.
Primeiramente, devemos listar todas as fontes de renda, e todas as despesas. A primeira é fácil, pois muitas vezes é só o salário, mas pode haver receitas de aluguéis, financeira, prestação de serviços, etc. O “X” da questão está nas despesas, é aqui que devemos nos concentrar e sermos honestos com nós mesmos sobre nossos reais gastos.
O correto é dividirmos em despesas fixas e variáveis. As despesas fixas são aquelas que você paga, mas que não depende necessariamente do consumo, como por exemplo o aluguel, condomínio, mensalidade escolar, IPVA, seguro de automóvel ou residencial, tv a cabo, internet residencial, academia, etc.
Já as despesas variáveis são aquelas que variam conforme o consumo, ie, quanto mais você consome, mais você gasta, ie, despesas com alimentação, telefone, combustível, água, luz, celular, cartão de crédito, restaurantes, etc.
Uma vez feito isso, você pode usar uma planilha de cálculo, ou software especializado, ou até mesmo um app específico, e fazer uma pequena demonstração de resultado, isto é, somar todas as receitas e subtrair todas as despesas. Com isso, você irá ter a primeira visão clara de como anda suas finanças.
O próximo passo seria definir quais são seus objetivos, e não importa se são pequenos ou grandes, e traçar um plano de ação. Este exercício lhe ajudará a pensar nos passos necessários, financeiros ou não, para se concretizar um sonho.
Por exemplo, se você precisa pagar uma conta de R$1200 reais daqui a 12 meses, deve pensar que terá que guardar pelo menos R$100 mensalmente durante um ano inteiro. Para fazer isso, é preciso entender como fará para economizar esta quantia ou se irá retirar o valor de uma aplicação financeira, caso não haja tempo hábil.
Feito isso, partimos para a fase mais dolorosa e frustrante, a fase dos sacrifícios…Como você já listou as despesas fixas e variáveis, você pode começar a pensar quais delas você pode reduzir, sendo as variáveis normalmente as primeiras a serem afetadas. Já as despesas fixas devem ser estudadas para encontrar alternativas mais baratas, por exemplo, mudar de casa e pagar um aluguel mais barato, diminuir o pacote de internet, etc.
Logo, você precisa ser honesto consigo mesmo e separar quais são aquelas realmente necessárias, e quais são supérfluas, que com um pouco de esforço podem ser cortadas, não se esquecendo de estabelecer mecanismos para não cair na tentação de retomá-los. Nesta fase, temos que mudar hábitos, mas que não necessariamente significará piorar a qualidade de vida. Segue alguns exemplos:
- Pague suas dívidas no começo do mês, antes de gastar com qualquer outra coisa
- Deixe o cartão de crédito em casa e só compre com de débito
- Reveja seus gastos de celular e se não há um plano mais adequado para seu consumo
- Nunca vá ao supermercado sem uma lista pronta. As prateleiras são tentadoras, mas com foco podemos centrar-nos somente no que realmente precisamos
- Volte a usar o famoso cofrinho, guarde pequenos valores, moedas, pequenos trocados, ficará surpreso o quanto tem dentro dele no fim do mês
- Passe a comer em casa com mais frequência, comer fora custa caro. Além de ser mais barato, pode ser uma boa alternativa para reunir amigos
- Use mais a internet para fazer compras, com um pouco de paciência é possível encontrar o mesmo produto consideravelmente mais barato
- Adote um costume europeu, leve a comida de casa para o trabalho.
- Saia menos, ou passe a frequentar programas gratuitos pela cidade
- Troque a academia por exercícios ao ar livre
Feito tudo isso, em pouco tempo você se adaptará a nova rotina começará a sentir o bolso mais cheio. O sacrifício de hoje trará enormes resultados e lhe ajudará a estabelecer uma nova forma de viver e garantir uma vida mais tranquila no futuro.